Brasil tem mais de 1,1
milhão de deficientes visuais e menos de 100 cães-guia
O IRIS - Instituto de
Responsabilidade e Inclusão Social realizará hoje, 24/04,
quarta-feira, Dia Internacional do Cão-guia, uma ação na avenida
Paulista, em frente à FIESP, às 13h. No local, um grupo de
deficientes visuais e os respectivos cães estarão reunidos para um manifesto de
conscientização.

De acordo com Thays
Martinez, fundadora do IRIS e dona do labrador Diesel, as estatísticas
internacionais demonstram que de 1% a 2% dos deficientes visuais utilizam o
cão-guia, ou seja, o Brasil tem uma demanda potencial de usuários de mais de 10
mil pessoas.
A advogada, que é
deficiente visual desde os quatro anos, criou o Projeto Cão-Guia do Instituto
IRIS, que defende a importância do acesso a instrumentos de inclusão social aos
deficientes. Uma das formas de inclusão é o cão-guia – uma alternativa ao uso da
bengala. O IRIS tem
por missão facilitar a inclusão social das pessoas com algum tipo de
deficiência, mas a principal atividade é o treinamento e doação de cães-guia
para deficientes visuais. “Para ampliar esse serviço e proporcionar uma melhoria
na qualidade de vida de mais pessoas, o IRIS precisa de colaboração e
gostaríamos de chamar atenção do público para esta causa e para as dificuldades
encontradas para ampliar este serviço tão inclusivo. Ajuda financeira e
voluntários para a socialização de filhotes são as nossas principais
necessidades”, detalha Thays.
Muitos dos cães-guia em
atividade no Brasil foram importados pelo IRIS sem nenhum custo para os
usuários. A iniciativa é resultado de uma parceria da organização
não-governamental com a americana Leader Dogs for the Blind. Mas, na fila de
espera do IRIS há 4 mil deficientes aguardando um cão.
IRIS
O Instituto de
Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS), entidade sem fins lucrativos, foi
fundado em 2002, em São Paulo (SP), com a missão de desenvolver atividades que
acelerem o processo de inclusão social das pessoas portadoras de deficiência
visual. A prioridade institucional é a difusão do cão-guia como grande
facilitador do processo de inclusão. O Instituto artua no Brasil com um
instrutor reconhecido pela International Guide Dog Federation (Inglaterra),
especialmente qualificado pela Royal New Zealand Foundation for the Blind –
Guide Dog Services (Nova Zelândia) entre 1996 e 1999.
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